domingo, 16 de novembro de 2008

Yes, nós temos bananas



Do lado de fora, para quem passa na porta, o colorido chama a atenção: azuis, amarelos, vermelhos e verdes gritam alguma tropicalidade. Dia após dia, no caminho para o trabalho ou na volta dele, as pessoas espiam, curiosas - mas ainda assim sem tempo de parar e dar uma boa olhada: "O que será?".

Estudantes aprendem um pouco sobre o autor da obra, enquanto professores perguntam o que eles pensam antes que os monitores justifiquem a presença de cada um dos elementos.

Turistas tentam compreender um pouco mais dessa cultura que mistura hostilidade e servilidade, miscigenando símbolos e extremos de desigualdade.

Em pleno centro velho de São Paulo, a poucos metros das sedes administrativas dos principais bancos do país - e até da própia Bolsa de Valores -; em um lugar onde se discutem crises mundiais e variações no preço do barril de petróleo; cercado de produtos chineses, japoneses e made in Manaus quase de graça, nas mãos de homens e mulheres que lutam por sua sobrevivência como podem; driblando os impostos de um estado que não os proviu do item mais básico para sua existência dentro do sistema capitalista - o trabalho; o saguão térreo do Centro Cultural Banco do Brasil exibe sua decoração repleta de guarda-sóis, cadeiras floridas, copos de pinga e, claro, bananas! Dispostos de maneira simétrica, um grande círculo cujo centro é um cruzamento de estatuetas de Iemanjá, cuidadosamente organizadas em degraus, apresenta-se divertido e quase onírico.

Os símbolos empoleirados compõem um cenário que não gera dúvidas. Praticantes ou não da brasilidade, de alguma forma estes elementos nos são familiares: o tema é Brasil.





quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Seria o Dia Mundial Sem Carro (se não fossem os carros)

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O DMSC (Dia Mundial Sem Carro) foi um sucesso! Quer dizer, seria, se não fossem os carros atrapalhando a manifestação dos ciclistas, patineteiros, skatistas, long borders... Marcada pelo trânsito um pouco mais lento, a Segunda-feira que poderia ser de boicote aos transportes motorizados (principalmente os individuais) mostrou aquilo que já sabemos: o paulistano não está disposto a abandonar o seu conforto individual em prol do coletivo, ainda que este "coletivo" o afete diretamente. Eu me pergunto quando é que as pessoas vão entender que passar horas no trânsito NÃO é uma opção (e nem falta de opção)... Eu sei, é um saco pegar transporte coletivo lotado e tudo o mais, mas é preciso questionar: o transporte motorizado é mesmo necessário? E algum sacrifício também pode ser importante para desafogar o tráfego e fazer com que o transporte coletivo seja menos sôfrego (pelo menos até implantarem o mega tatuzão (alguém sabe que diabos é isso???).
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É, a cidade tá mesmo um caos. Quem mora aqui e diz que não tem vontade de fugir das duas uma: ou mora nos Jardins e não circula em um raio maior do que 3 km da sua casa ou acabou de mudar pra São Paulo e tá fazendo uma boa grana aqui.
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E você, andou de carro na Segunda-feira? Seu motorista desprezível.
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Uma jornalista de Dois Córregos, também chamada Carol, veio para a "Semana Estado de Jornalismo" e está hospedada aqui em casa. Tem sido legal, eu tenho retomado o meu horror pela cidade-formigueiro - já neutralizado parcialmente a essa altura.
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Já falei sobre a Bicicletada, né? Então nem vou me estender muito, só queria publicar os melhores "clicks" do Dia Mundial Sem Carro... Aliás, hoje, na Semana do Estado conheci os dois principais fotojornalistas do periódico. Fiquei chocada ao ver as fotos do Dia Mundial Sem Carro publicadas... Tenho uma foto idêntica!
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Em primeira mão para você, leitor desse blog quase nunca atualizado (viu? Valeu a pena acompanhar...).
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sábado, 20 de setembro de 2008

Bicicletada



Sabe aquele grupo heterogêneo de ciclistas que se encontra às Sextas-feiras na esquina da Paulista com a Consolação? Então, eles não são nenhum grupo de night bikers (ciclistas que se reúnem para pedalar à noite pela cidade ou pelos arredores dela), como você já deve ter percebido... Esse pessoal se reúne, na verdade, para fazer perdurar a "Bicicletada", manifestação que acontece no mundo inteiro conhecida internacionalmente como "Critical Mass" (Massa Crítica). A idéia do grupo é incentivar o uso de bicicletas e inibir o uso dos veículos motorizados e poluentes.

Diversidade

Além das bicicletas (dos mais variados tipos), tinha também patinete e skate. E além dos homens e mulheres, tinha até cachorro! Pois é, o Joaquim tinha cestinha na garupa e parecia estar curtindo o passeio, sobretudo quando o grupo ganhava alguma velocidade. Quando chegamos no Minhocão, que estava fechado para o acesso de carros e, portanto, mais tranquilo, ele aproveitou pra ir caminhando, mesmo, sem se importar com a chuvinha fina que já chegava a molhar...

Foi aí que tive que guardar a câmera, mas até lá, rendeu algumas fotos.

Dia Mundial Sem Carro

Bom, se tiver curiosidade de saber mais sobre o evento semanal, visite o site da Bicicletada. E lembre-se: a próxima Segunda-feira, 22 de setembro, é o Dia Mundial Sem Carro!



sábado, 21 de junho de 2008

Dia mais frio do ano aconteceu essa semana em São Paulo

Antes mesmo do inverno chegar "oficialmente", já era possível ver os termômetros de São Paulo cravando 9º durante toda a madrugada de Terça-feira, último dia 17. O momento mais frio da noite ocorreu por volta das 2h da manhã, com 8,4º de temperatura ambiente.
O início oficial do inverno foi às 20h59 desta Sexta-feira. Segundo informações prestadas pelo Inmet (Istituto Nacional de Meteorologia) a estação mais fria do ano deverá ser marcado pelas oscilações de temperatura até seu término, em 22 de setembro.
Os moradores de rua protegem-se como podem das baixas temperaturas. Entre as principais atitudes para minimizar a sensação do frio estão o uso do álcool e as fogueiras, que acabam sendo ponto de encontro dos moradores durante a noite.

As fotos abaixo foram tiradas nas imediações da Praça da Sé.





sábado, 14 de junho de 2008

Skate na noite paulistana

Ainda que em um ambiente urbano ao extremo, é comum encontrar por São Paulo praticantes de esportes das mais diversas modalidades. Alguns combinam mais com a cidade que outros... Os skatistas costumam aproveitar o centro de São Paulo e seus cenários para praticar mais que uma modalidade esportiva: um estilo de vida. Abaixo do Viaduto do Chá, que liga a Praça Ramos à Patriarca, o Vale do Anhangabaú é um conhecido ponto de encontro de skatistas durante o dia.

Na noite da última Sexta-feira os ponteiros dos antigos relógios do centro quase atingiam as 22h e entre os poucos pedestres que ainda se arriscavam a transitar pela Praça Ramos, estávamos eu e meus colegas de fotografia praticando um pouco de técnicas de fotometria nos prédios antigos daquela região. A iluminação noturna, muito propícia para experimentar diferentes regulagens de balanço de branco, estendia-se das paredes do Teatro Municipal para a calçada lateral desse prédio, onde um grupo de skatistas praticava algumas manobras. Entre a escada de degraus baixos e a caixa de feira improvisada como obstáculo, desviei-me do exercício até então praticado e acabei tendo o privilégio de fotografar alguns ollies e flips dessa galera. Logo os meus colegas também se puseram a fotografá-los, aproveitando, então, para exercitar técnicas de penning (quando o assunto fotografado encontra-se em movimento e você o acompanha com a câmera, resultando no fundo varrido).

Esse encontro deixou sementes para um possível ensaio fotográfico futuro... Um pouco desse ensaio improvisado vocês conferem aqui!

Aproveito para deixar o meu muito obrigado a todos os skatistas (e a skatista) pela receptividade, e também agradeço a moça do ponto do ônibus do outro lado da rua que me emprestou uma caneta para eu poder anotar o e-mail do pessoal, mesmo correndo o risco do ônibus chegar antes de eu conseguir devolver a caneta a ela!


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Parada Gay em São Paulo no último domingo

Atualmente na 11ª edição, o público estimado da Parada Gay de São Paulo de ontem foi de mais de 4 milhões de pessoas.

Devido ao enorme crescimento do evento - que contava com pouco mais de 30 pessoas há 11 anos, em sua primeira edição -, jornalistas, público gay e simpatizantes da Parada discutem cada vez mais se o evento ainda carrega ainda algum teor político.

Considerada a quantidade de pessoas reunidas, o porte da Parada Gay deste ano pode ser comparada a um carnaval de rua, o que faz com que o número de ocorrências registradas - 149, entre furtos e brigas - não supreenda.



Com o tema "Homofobia mata - por um estado laico de fato", alguns jornais como a Folha de São Paulo alegaram que participantes do evento desconheciam o significado desse slogan, ainda que estivessem presentes para reforçar orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Trangêneros).

Não se pode dizer ao certo se todos os que estiveram presentes entendiam bem a frase que estampou a frente da maioria dos carros. Ainda assim, a grande maioria dos presentes atingiu um grande propósito comum: mostrar ao mundo que ainda discrimina formas não hegemônicas de vida que a diferença existe. E o número crescente da Parada Gay ano a ano apresenta outra realidade: essa diferença não só existe - resiste.

Confira abaixo algumas fotos de momentos da Parada Gay do último domingo, 25 de maio de 2008.




Gostou das fotos? Quer publicá-las no seu site ou no seu jornal? Entre em contato comigo em clangor@terra.com.br

domingo, 4 de maio de 2008

Carta introdutória ao leitor

Olá, meu caro leitor (ou minha cara leitora) de internet! Como você já deve ter percebido, aqui quem lhe escreve é Carolina Dargel, graduanda em jornalismo. Este blog pretende ser uma experiência na área de fotojornalismo digital. Nele será possível conferir informações textuais e fotográficas sobre acontecimentos reecentes na cidade de São Paulo.

Me intriga o fato de você ter chegado até aqui, portanto, se lhe apetece, não hesite em comentar!

Espero que sua leitura seja agradável... Bem vindo (a)!